sábado, janeiro 19, 2008

Cada História

Recebi um email da Stela dizendo que o exame da D. Terezinha foi adiado novamente, que agonia! Estava tudo parecendo ir tão bem, disseram que o exame da quinta foi tranferido para a sexta e que ligariam para confirmar o horário evitando esperas demoradas no local mas agora vem novo adiamento e fica a impressão de que a história vai se arrastar bastante.

Diante da situação e tentando amenizar a solidão do seu Ditinho, fomos visitá-lo ontem, bem no finalzinho da tarde, e, entre uma história e outra, ele acabou por contar uma inacreditável:
Seu Ditinho disse que sempre fora muito ciumento da esposa e que certa vez, bem no início da vida conjugal, sua esposa estava com dores na região pélvica e teria que ser examinada pelo médico para ser tratada mas, inconformado com tal possibilidade, ele resolveu fazer o inesperado: foi sózinho ao médico e argumentou que tinha absoluta consciência das dores que a esposa sentia e que bastava o médico apalpar-lhe que ele reagiria tal e qual, permitindo perfeito diagnóstico mesmo sem a presença da mulher. E tanto insistiu que o médico, talvez para livrar-se do problema, aceitou a proposta e procedeu ao exame da esposa no corpo do marido, concluiu o diagnóstico e até emitiu receita do tratamento.
Na época o casal morava na casa do pai da D. Terezinha e este, ao ver o genro chegar com os remédios e explicando o fizera com o médico, deu a maior bronca. Pudera!

Como pode-se notar a visita foi boa, melhor ainda porque ganhamos um frango caipira limpinho, que já está reservado para ser servido quando nossa filha vier no carnaval.

A volta foi meio complicada pois a estrada estava muito lamacenta e escorregadia demais, mesmo com a caminhonete "traçada", mas chegamos bem.

Outra notícia é que minha mãe ligou e disse que pretende fazer uma visita à D. Terezinha no domingo e propôs-se a pegar os exames dela e levar para o Dr. Roque avaliar a situação, se for possível.

Sonho Estranho

Lá na esquina da avenida de coca-cola, numa loja onde antes fora a casa onde a gente morava de aluguel, eu estava trabalhando quando entrou, ou melhor, ficou parado sob o vão da porta de aço, um rapaz que muito lembrava um tal de "Baianinho" que certa vez colheu mudas de bananeira num restaurante lá em Três Corações. Ao aproximar-me ele logo começou a proferir palavras que pareciam do Inglês e acabei por entender que ele estava à procura de um emprego e referia-se a Hong Kong. Após recompor-me da estranheza da abordagem, dei conta da oportunidade de melhor entender sobre o rapaz para, quem sabe, contratá-lo para a linha de produção da fábrica.
Fiz algumas perguntas e ao invés de responder ele preferiu conduzir-me até o outro lado da avenida onde agora era um restaurante e lá fomos recebidos por uma senhora que ofereceu cadeira para sentarmos em torno de uma das mesas, mas mal começamos a conversar e sentí-me adormecendo e em seguida como se despertando de um breve sono. Após esta estranha sensação tentei dar continuidade à nossa conversa mas as coisas estavam mudadas, a mulher estava diante de mim mas não era exatamente a mesma pessoa. Serenamente ela informou-me que estávamos em 2012 e que não sabiam explicar o fenômeno. Comecei a chorar ao contabilizar estes 6 anos perdidos da minha vida que haviam se passado no meu lapso de consciência. Perplexo, fui logo para casa onde encontrei minha mulher. Depois de algumas explicações sem nexo sobre o que me acontecera ela conduziu-me ao carro, um Honda, para um passeio pelas imediações, um passeio muito breve, na verdade breve demais, quase como se tivesse apenas manobrado o carro para recolocá-lo na garagem e ao fazê-lo ela esbarrou em outro carro mas não parou ao sentir o toque, continuou forçando a entrada deixando os dois arranhados, eu gritava advertindo-a mas ela ignorava meus gritos. Parou o carro, desembarcou e, como se não estivesse me escutando andou por tras dos quatro veículos estacionados e começou a enfiar-se por debaixo do último da direita assim como se fosse dar manutenção na suspensão e, deitada de costas, pude observar seu abdomem descoberto e notei duas coisas, uma que ela estava muito magra, sem exageros, como era quando na puberdade e outra é que estava algumas manchas parecidas com pequenos salpicos de queimaduras que delineavam uma diagonal a partir do seu flanco direito superior. O chão não tinha piso e naquele local era de terra nua, úmida e até com um pouco de lama onde ela deitara e arrastara-se, toquei sua barriga estranhando seu aspecto mas ela, sem reação correspondente, simplesmente levantou-se e andou para o outro lado da rua desaparecendo da minha visão.
Resolvi caminhar pela casa tentando reconhecer o local mas estava tudo mudado, os carros estacionavam de forma diferente e um deles estava encravado entre paredes cujo acesso ficava em posição que tornava impossível a manobra. Quando olhei melhor para aquele carro vi que era uma réplica de madeira e que tratava-se de uma miniatura grande.

Daí em diante nada mais sei, o sonho mudou ou eu despertei, não sei ao certo. Mas de qualquer forma tentei resgatar o que lembrava dele e aqui está.

Sorry

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Yoshiko

"Boa tarde a todos.

E com pesar que comunico o falecimento da obatyian (101 anos), dia 14.01.08 às 08:30 hs e dia 15.01.08, foi sepultada no cemiterio municipal de bastos, às 10:30 hs.

Detalhes favor contactar a Tia Tereza: Tel. (14) 11111111.

obrigado, e
oremos
a Obatyian."

Essa mensagem marca o fim do que me pareceu uma bela vida. Eu a encontrei apenas duas vezes e acabei por lamentar não tê-la conhecido muito antes.
Yoshiko, já muito debilitada pela idade, era tratada por todos com um carinho que só quem muito ama pode dar. Daquelas pessoas incríveis que conseguem irradiar simpatia mesmo na completa ausencia de palavras e de movimentos, realmente uma pessoa especial.
Saudades.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Dia útil na roça

Acabei passando boa parte do dia na roça, passei pela empresa cedo e fiz a tarefas inadiáveis e depois segui para o sítio. Lá fiz o download de todas as imagens de segurança armazenadas e acumuladas devido às abelhas que não nos deixaram ir na semana passada, entre um download e outro fui fazendo outras coisas por lá e consegui organizar os tubos e madeiras que descarreguei de qualquer jeito há tempos, plantei mudas de grama no barranco do terreiro, arranquei mato no pavimento de bloquetes e ajustei a posição da câmera que estava muito para cima.
Terminada essa coisa toda segui para o Seu Ditinho onde entreguei o cimento, um pote de conserva de pimentão e umas roupas de presente, então aproveitamos para bater um papo e gastar um tempinho com ele.
Quando retornei para almoçar já passava das tres da tarde, mas valeu a pena.
Amanhã quero dar um pulinho para colher umas imagens dos carneirinhos que nasceram e tentar enviar por email para a D. Terezinha.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

De cara nova

Agora estou com blog de cara nova, sei que ninguem lê meu blog mas achei que ficou bonitinho.

Ôba ! Cá estou de novo.

Caramba!

Faz tempão que não postava e hoje resolvi tentar entrar e consegui. Há tempos eu tentei mas a mardita senha não lembrava, agora deu.

Como de costume vai ser necessária uma retrospectiva mas antes um pouco de notícias recentes:

Ontem estive na casa do Ditinho para mais uma das visitas diárias que estou fazendo ao meu agora solitário amigo desde que a D. Terezinha foi pra Sampa tratar-se, ela está sofrendo um bocado com um problema no mediastino, aquela região onde fica traquéia, cava superior e um monte de tubos sanguíneos, digestivos e pulmonares. Parece tratar-se de um tumor de benevolência ainda desconhecida cuja dimensão está ocupando espaços antes do coração e esôfago, comprometendo sua respiração e alimentação além de debilitar-lhe bastante tirando sua disposição e causando perda de peso (4 quilos em 2 meses).
Voltando à visita, eu o encontrei na tardezinha de domingo com humor acima da média dos últimos dias e muito bem disposto e falante. Levei 6 pãezinhos frescos e tres imagens do Google Earth onde aparece o seu sítio, ele gostou dos presentes. Logo que cheguei soube que o Paulo Sérgio, apicultor, esteve lá no meu sítio para remover as abelhas que enrancharam na caixa acústica da garagem, disse tratar-se de abelhas grandes que não são das melhores produtoras de mel mas que servem tambem.
Durante a visita o telefone tocou tres vezes, uma ligação da Stela, outra da Paula e a última do Tadeu, a da Paula foi para destruir todo o trabalho que estamos fazendo para acalmá-lo pois ela ligou para dizer que ele tinha que ir para SP pois a D. Terezinha estava sofrendo muito e falou um monte. Cada coisa que a gente vê que nem acredita.
Saí de lá quase pelas nove com a certeza de tê-lo deixado em boas condições para enfrentar mais uma noite de solidão. Combinei de retornar hoje com a desculpa de estar obrigado a baixar as imagens da minha câmera de vigilância.

Minha neta está passando férias com a mãe e hoje ela ligou cedinho e conversamos uma boa conversa onde soube que ela está feliz e que tem passeado e se divertido em Mariana. Ontem esteve na estação da Maria Fumaça da Vale e gostou do passeio, à noite foi dormir tarde por conta de videogame, coisa que tenho evitado para ela pois prefiro que ela exercite outras brincadeiras. Quando ligou ela estava na universidade e disse que o almoço será no "bandeco" que é o bandejão de lá. Parece que retornarão no finalzinho do mês, na quinta dia 31.

Sábado comprei um triturador de resíduos para picar os ramos de poda, se funcionar direito vai ser ótimo para fazer compostagem em vez de fogo, pretendo usar em vários lugares, na roça, na empresa e na chácara, o bichinho vai viajar um bocado e quem sabe posso até emprestar para o meu pai usar lá na casa da praia.

Agora vou encerrando este post e vou dar uma olhada para saber quando foi o último para preparar uma retrospectiva com muita coisa para contar.